sexta-feira, 19 de outubro de 2007

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

um dia, quem sabe

tantas coisas perdidas nesses últimos tempo por não dado prioridade ao tempo não existente
cada apresentação do "processo" foi uma apresentação única
mas ele começou a morrer, quando ele fica estagnado em um gesto e uma ação
ele está morrendo e você não pode regurgitá-lo facilmente
você deve buscar mais fundo, podem achar que o que viram
se é que viram era algo trabalhado
mas ainda é superfície da superfície
tudo deve-se cavar mais fundo
chegar até um ponto que o gesto seja vida e morte
transformação viva
é muito fácil parar aí e somente desenhar e deixar estagnado
não é isso que fazemos
queremos mais
queremos viver mais
intensamente cada partícula da fumaça do cigarro
ela se masturba intensamente lubrificando-se com cerveja, apelativo
não... é ritual, triste ritual contemporâneo
ela canta mas não é de verdade
pura realidade teatral
mesmo quando nos martirizamos ficamos estigmatizados pela imagem clássica
a mais vista no mundo inteiro
cristo crucificado, markenting triste da religiosidade
outra necessidade básica humana? por isso nos batemos
insistimos em mastigar o pão nosso de cada dia
não importa a música, não importa a luz, não importa o cenário
o que importa é o que é vivo
se alguém conseguir colocar transpiração, expressão num plástico transparente
eu fico quieto
mas é tão difícil
não é isso que me importa
nos maquemaos porque queremos a beleza estereotipada caracterizada em nosso corpo
como chegar ao ápice disso, antes como chegar ao amago disso?
é a morte no fim, o cigarro final é o que deixará de ser... deixará de existir, será único
é efemero, como a morte mesmo, única e bela
cada toque é único, cada voz é única, cada gesto é único
tem a necessidade do pop aqui? não
tem necessidade de simplesmente "ser"
alguém ainda sabe o que é isso?
estou perguntando
alguém pode responder?
uma vida que nasce, uma vida que morre, uma música que acaba, um teatro que deixa de teatralizar
nesses 30 ou 20 minutos tudo deve estar entregue
deve-se sentir como se o mundo parasse e você visse sua vida inteira antes da morte
como time lapse do michael nyman
não existe saída
não existe volta
só o que você tem a sua volta
então pegue alguma coisa e vá até o fim com ela
mesmo com sacrifícios, mesmo com acasos e improvisos
só-mente vá

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

TEMPO É PRIORIDADE

SE expresse mais
Escreva mais.
é o que se faz num blog

Marina

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Artaud

re-escrevo aqui trechos de O teatro e seu duplo de Antonin Artaud
acredito em paralelos enquanto pensamentos, coisas interessantes, utilizáveis?

O Teatro e a Peste
"Uma verdadeira peça de teatro perturba o repouso dos sentidos, libera o inconsciente comprimido, leva a uma espécie de revolta virtual e que aliás só pode assumir todo seu valor se permanecer virtual, impõe às coletividades reunidas à sua volta uma atitude heróica e difícil."

Teatro Oriental e Teatro Ocidental
"Compreende-se portanto que o teatro, na medida em que permanece encerrado em sua linguagem, onde entra em correlação consigo mesmo, deve romper com a atualidade, que seu objetivo não é resolver conflitos sociais ou psicológicos ou servir de campo de batalhas de paixões morais, mas expressar objetivamente verdades secretas, trazer à luz do dia através de gestos ativos essa parte de verdade oculta sob as formas em seus encontros com o Devenir".

"Todo verdadeiro sentimento é na verdade intraduzível. Expressá-lo é traí-lo. Mas traduzí-lo é dissimulá-lo. A expressão verdadeira oculta aquilo que manifesta. Opõe o espírito ao vazio real da natureza criando, por reação, uma espécie de plenitude no pensamento. Ou, se preferirem, em relação à manifestação-ilusão da natureza ela cria um vazio no pensamento. Todo sentimento poderoso provoca em nós a idéia do vazio. E a linguagem clara que impede esse vazio impede também que a poesia apareça no pensamento. É por isso que uma imagem. uma alegoria, uma figura que mascare o que gostaria de revelar tem mais significação para o espírito do que as clarezas proporcionadas pelas análises das palavras.
Assim, a verdadeira beleza nunca nos atinge diretamente. E é assim quem um pôr-do-sol é belo por tudo aquilo que nos faz perder."

É preciso acabar com as obras-primas
"As obras-primas do passado são boas para o passado; não servem para nós. Temos o direito de dizer o que foi dito e mesmo de dizer o que não foi dito de um modo nosso, imediato, direto e que não atenda aos modos do sentir atual e que todo mundo entenderá."

"Proponho assim um teatro no qual imagens físicas violentas trituram e hipnotizam a sensibilidade do espectador que se vê no teatro como presa de um turbilhão de forças superiores."

Todo Primeiro Manifesto da Crueldade contém elementos essenciais para esse teatro total que Artaud fala a todo momento, alguns um tanto estudados durante muito tempo no "atual teatro contemporâneo", outras formas inimagináveis, ficam somente nas imagens abstratas, mas a maior impressão é essa necessidade de quebrar fórmulas mortas, transformar. Gostaria de focar outros ponto interessantes como no momento onde fala que não existe movimento perdido, todo movimento obedece um ritmo. a metáfora da cobra também é fantástica, a cobra com o corpo inteiro no chão e com estímulo da música e sua vibração reage pelo corpo completo e levanta-se, transforma-se em decorrência dessa vibração, e é isso que deveria acontecer com o público. o texto falado, por exemplo, partindo da NECESSIDADE da fala e não a fala já formada.

são tantas coisas, e tão interessantes que poderia transcrever o livro inteiro aqui
ficam só algumas passagens para quem entrar nesse blog um dia

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Des- obesessão pela morte Fascinação pela vida



Porque o perfume das rosas iram derramar-me com fulgor quando deitada eu estiver em sonho eterno, mas ainda quente. que rosas só amarei nesse lugar algure nesse instante...
Pois privada fui de rosas nessa vida
que elas se façam nesse fin despetaladas e mortas como eu, porém mais mortas

que estejam aqui
Pois privada fui de rosas durante a vida
..mas as amei


Engraçar-se-ão de saber que amor e privação são coisas de mesma frase-tempo-espaço

defunta e quente

Que o frio é externo. Nem esticada e morna.
Apenas em antenas...qQ ~q ..uentes,
úmida vapores de olor flutuante esfumata em ONDAS MAR- ritmas...pro céu de luz-ÁGUA (graças) que me espera...divinas entidades de a. MAR. res

Fecho os olhos e vou.
A. mém


se


Aqua- Mar.rima

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

morri virando os olhos

que descanso de viagem.


Fui eletrocutada,
e depois/ de tudo isso/ queriam que estivesse feliz terapeuticamente: em verde grama de brisa fresca(?) é só um exercício (!) (?)
"tem sorte de não saber a verdade".

morrer não é perder, perder(-se) é a própria vida.

"Amá-la (a vida) e depois deixá-la querido leonard"- Virgínia Woolf
Optar pela morte porque já viveu e não quer esperá-la é tornar-se dono da própria vida. é um ato ativo, não necessariamente de desistir ..para Virginia
Quando a vida ainda supostamente existe mas já estamos mortos deixamos a morte..matando-nos e optamos pelo fim da morte ao invés da não-vida

e Sarah Kane?

"Não desejo morrer, não é isso que deseja um suícida"
Desejaria ter vivido verdadeiramente... ?/!
Eu não deixaria minha vida como deixa o tédio do deserto o poente caminheiro, como as horas de um triste pesadelo
meu passamento não seria triste
triste é às vezes viver, a tristeza vive na vida e não na morte nessa ela repousa, tudo repousa..
( continua latente?isso seria mais vivo ainda?)
tristeza... e depressão é ódio.. ter que enfrentar o lodo frio negro e fétido no qual as lamentações não ativas se escondem...

se existe uma ação ( mapa) é esfregar

esfreguem sua vida na minha mas não rocem muito.
esfregar é produzir seiva, esquentar ebulir-se
quase morri queimada sem ter o que fazer...já foi não consegui...( morrer)
me tiraram e foi ótimo não tinha o que escolher

8 minutos de vida nada mais ( demorei mais tempo escrevendo isso aqui)

8 minutos apenas para usar os sentidos e em sua amplitude ver, cheirar, sentir, tocar
respirar devéras

DEVÉRAS

nada a dizer...já disse o que amei o quanto amei e vivi
..irreparavelmente..

e nisso encontro na linha do meu pensar esse fio aqui:

acender o cigarro ou passar a mão pelos cabelos não é apenas perigoso é opurtunidade e RISCO crise única momento esticado e presente em ação e pensamento/sentimento irrepetível
inalterável FATAL

por isso jogar-se e ainda manter os pés é a entrega
não é o sentir que faz o coração, o pensar que faz o cerébro o fazer que faz o corpo, é tudo isso ao mesmo tempo e em seu avesso: meu coração sente, minha mente pensa meu corpo faz
meu coração sente pensa e faz
minha mente pensa sente e faz
meu corpo pensa sente e faz
em todas as ordens
se é dor ou angústia prazer satisfação sofrimento... é só reflexo
As coisas são e isso é iderrubável ( ?) , isso apenas é


explodi-me gigante e alva lilás rosa translucida, mistura branca do sol..
sai clarinha como lucrécia..
no final aproveitei todos os abraços ainda mais...
OLHO NOS OLHOS
PRO RESTO
FECHO-OS


ALCANCEI A MORTE VIVA, E BRINQUEI COM ELA, DEI-LHE UM BEIJO LEVE NOS LÁBIOS...


saibam...eles são mornos pro quente





Marina Vecchione Ungaro

Lucrécia


A luz era branca como o sol num dia nublado só que podia-se sentir uma cor meio violeta meio rosa também e percorreu seu corpo inteiro


em seguida os choques cada vez com mais alta voltagem


lembrete: tomar cuidado com esse exercício se você não quer se machucar...


depois as imagens, a planícia, a caverna, a cidade, o carro queimando e os últimos minutos de vida


é como uma regressão, regredir ao estado interno mais profundo do seu ser, perder-se para depois encontrar-se - não tenho pressa, apesar de todas as teorias a serem feitas, criadas num palco - o palco-vida, o palco cotidiano nosso de arroz e feijão, como é "Psicose 4h48" ? Estamos no Brasil, terra do samba, terra da malandragem, terra de ninguém...

No Brasil, 4,9 pessoas a cada 100.000 morrem por suicídio, uma das menores médias do mundo, sendo Porto Alegre a capital do suicídio no Brasil.


Suicídio (do latim sui caedere), termo criado por Desfontaines, matar-se, é um ato que consiste em pôr fim intencionalmente à própria vida.


Há uma frase célebre sobre o tema do filósofo Albert Camus: "O suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder à uma pergunta fundamental da filosofia"


tirado da Wikipedia

acima:
A Morte de Lucrécia
TROY, Jean François de